quinta-feira, 3 de abril de 2014

Gloria, Corazón Abierto

Gloria (2013), de Sebastián Lello



















A sua banalidade torna-a uma personagem genial. O mais bonito aqui, é existir uma confiança em mostrar aos poucos, esta exuberância e melancolia do dia-a-dia mundano desta mulher de meia idade que mantém um emprego; É a cola que une a família; E procura amor (e sexo) - com uma combinação de confiança e nervosismo com o qual todos nós, inevitavelmente, nos igualamos um pouco. A revolução espiritual a que se refere enquanto conversa à mesa com os amigos, não é só a dos jovens, é também dela. O filme que fecha com a sua heroína na pista de dança, entregue. A Gloria que todos esperamos - que queima, derrete, congela, que se deixa ficar nua aos nossos olhos, aprende no fim a desprender-se e a fundir-se com o ar.